Com duas décadas de existência, as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) se consolidaram como uma das formas mais seguras, rentáveis e acessíveis para o investidor pessoa física aplicar seu dinheiro.
Protegidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), com rentabilidades atrativas na renda fixa e até então isentas de Imposto de Renda (IR), as LCIs também cumpriram um papel estratégico como uma das principais fontes de financiamento para o mercado imobiliário no Brasil.
Esse cenário esteve prestes a mudar.
No início de junho de 2025, a Medida Provisória (MP) 1303 do governo federal suspendeu a isenção de Imposto de Renda para LCI e para LCA (ligada ao Agronegócio). A cobrança iria incidir sobre a emissão desses títulos a partir de janeiro de 2026. Até lá, os papéis continuariam isentos.
A notícia mexeu com o mercado. A demanda pelos títulos disparou – o estoque chegou a subir 20% nas LCIs e 15% nas LCAs. Além disso, a expectativa de que os papéis passariam a pagar Imposto de Renda em 2026 gerou incertezas e levantou dúvidas sobre o investimento em LCI. Afinal, ainda valeria a pena? O crédito imobiliário ficaria mais caro?
A boa notícia para o investidor é que a proposta não foi aprovada e, portanto, a isenção do IR para LCI está mantida. Neste post (originalmente publicado em 23 de junho, mas atualizado em 15 de outubro de 2025), explicamos o que aconteceu, como a mudança poderia impactar os investimentos e por que as LCIs da OXY continuam sendo uma alternativa sólida.

O que é LCI. E por que ela faz sentido na sua carteira
Letras de Crédito Imobiliário são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras com o objetivo de captar recursos para financiar o setor. Quando você investe em uma LCI, está emprestando dinheiro ao banco, que irá direcionar esses recursos para operações como crédito para a compra da casa própria, construção civil ou financiamento de empreendimentos.
Em troca, você recebe juros sobre o valor aplicado ao final do prazo combinado. Um grande diferencial para a pessoa física sempre foi a isenção de IR sobre os rendimentos, o que eleva a atratividade da LCI frente a outras opções de renda fixa.
Além disso, as Letras de Crédito contam com a proteção do FGC — que cobre até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, para cada instituição financeira — e oferecem previsibilidade de retorno, especialmente quando atreladas a indicadores como o IPCA.
O que mudaria?
A proposta do governo federal previa o fim da isenção de Imposto de Renda para rendimentos obtidos com LCIs e LCAs por investidores pessoa física. Desse modo, passaria a ser aplicada uma alíquota de 5% de IR sobre os lucros — algo inédito até então.
Só que, três meses depois, o governo decidiu recuar. Durante as negociações para a aprovação da MP, a alíquota chegou a ser elevada para 7,5%, o que intensificou a resistência da bancada ruralista e do setor imobiliário. Com esse pano de fundo, e em um esforço para aprovar outras propostas do mesmo texto, o relator vetou o imposto.
Ou seja, a isenção do IR foi mantida tanto para LCI quanto para LCA.
Se o fim da isenção de IR fosse aprovado, a medida alteraria diretamente a lógica de rentabilidade que tornou a LCI tão vantajosa. O impacto seria sentido pelo investidor e pelas instituições financeiras:
- Impacto para investidor porque a remuneração líquida seria menor;
- Impacto para as instituições financeiras porque teriam que oferecer rendimentos mais altos para compensar a tributação e, com isso, encarar um custo de captação mais alto.
Segundo a Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a mudança colocaria em xeque a própria sustentabilidade do financiamento habitacional no Brasil. À época, a entidade afirmou ver a LCI como um instrumento estratégico para o financiamento habitacional — especialmente em um momento em que a caderneta de poupança, tradicional fonte de recursos do setor, acumula sucessivos anos de saques líquidos.
Como é isenta de IR, a LCI costuma ter um custo de captação abaixo da taxa básica (para os bancos). No mercado, as Letras de Crédito têm sido ofertadas com remunerações entre 85% e 90% do CDI, que acompanha a Selic. Se o instrumento perdesse a isenção, esse rendimento teria de subir para compensar a cobrança de imposto.
Embora o relator da MP tenha retirado a taxa de IR sobre LCI e LCA, na expectativa de aprovar o texto, a Câmara rejeitou a proposta integralmente.
Ainda vale investir em LCI?
Com certeza! Na prática, as Letras de Crédito Imobiliário nunca deixaram de ser um bom investimento.
As LCIs da OXY fazem parte de uma estratégia ampla de soluções de renda fixa com foco em segurança, diversificação e retorno competitivo. A empresa trabalha com produtos de qualidade, rigorosamente analisados, para garantir ao investidor uma jornada segura e transparente.
As LCIs mantêm atributos valiosos:
- São títulos de baixo risco, lastreados no mercado imobiliário;
- São protegidas pelo FGC, oferecendo segurança em caso de problemas com a instituição emissora;
- Continuam atrativas em rentabilidade, especialmente em tempos de juros altos e inflação sob controle;
- Cumprem um papel estratégico na diversificação de portfólios conservadores e moderados.
Como a OXY pode te ajudar
Na OXY, nosso compromisso vai além de oferecer boas taxas. Trabalhamos com curadoria e inteligência para estruturar produtos confiáveis e compatíveis com o perfil de cada investidor. Por isso, as LCIs seguem protegidas pelo FGC, com emissões de instituições parceiras robustas e gestão alinhada às melhores práticas do mercado.
Entendemos que investir é uma questão de confiança. Por isso, acompanhamos de perto as movimentações regulatórias e ficamos à disposição para tirar dúvidas, oferecer alternativas e montar, junto com você, uma carteira eficiente e segura.
Quer saber se uma LCI faz sentido no seu portfólio? Fale com um de nossos especialistas.


